sábado, 30 de janeiro de 2010


Beija-me!
Quero sentir o teu gosto
navegar no teu mar
enebriar-me com o teu perfume
arrepiar-me com o teu tocar!
Beija-me!
Faz-me sentir mulher
terra molhada em dia de chuva
mar revolto em dia de tempestade
enredada pelo teu olhar!
Beija-me!
Faz-me pulsar...

Ana Casanova

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Parabéns a nós, Élcio!


Querido Élcio, vim desta forma responder ao teu convite, de festejarmos todos juntos, os dois anos do teu "Verseiro".
Pediste para colocar uma foto de infancia ou adolescência e contar uma história engraçada.

Estive a mexer em fotos antigas e escolhi esta que para mim é especial. Estou ao colo de uma prima querida, a Geny, que há uns meses me encontrou aqui por este blog que tantas alegrias me tem dado.
Fiz dois anos de blog a 8 de Janeiro e deixei passar o dia, e aproveito para festejar contigo. Tenho certeza que não te importarás.
Hoje festejo também o aniversário da minha mãe e assim é um dia em cheio.

Sobre mim enquanto criança posso-te dizer que ao contrário dos outros bébés que adoravam colo, eu sentia-me muito insegura. A minha mãe dizia que eu parecia um passarinho de asas abertas assim que me pegavam.
Outra particularidade, é que odiava o silêncio mas não era música que eu gostava, era de conversa mesmo! A minha mãe adoptou o sistema de colocar junto a mim, um rádio que tinha que estar sempre num programa de noticias porque eu queria ouvir falar. Se parasse eu começava a chorar. Adorava conversar com o rádio. Já se adivinhava a Ana que fala pelos cotovelos. Lol
É com enorme prazer que deixo aqui os meus parabéns a um poeta maravilhoso e sensível e a quem tenho a honra de chamar de amigo.
Para participar fizeste-me reviver momentos passados na minha Luanda que farão sempre parte da minha vida!


Ana Casanova

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Memórias


Mexendo em lembranças
em coisas antigas
umas boas outras más
mas muitas até esquecidas
mas bastou remexer
no baú das memórias
e tudo renasce
lembrança e sentir
coisas passadas
mas que afinal persistem
porque mexeram comigo.

Ana Casanova

Por vezes sinto isto como uma fraqueza. Um coração que me atraiçoa e prega partidas.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Escrever e rescrever...a vida - Paulo Gaminha



Rabiscos, traços de um amor em construção...
Linhas avessas, desencontradas no caderno da vida
Borracha que se passa em cada contradição
Rasura que se rege em cada palavra indevida!!!

Somos senhores do destino que nos obriga a eleger...
Fugimos ao esquecimento que nos devora
Desgarramos a mão a cavar uma fuga, um amanhecer...
Gritamos aos ouvidos entorpecidos, que existe uma aurora!!!

Não queremos fazer parte deste jogo universal...
Nem queremos temer este marasmo castrador
Queremos provar aquele corpo ... o seu sabor a sal
Queremos acreditar que dentro de nós há um salvador!!!

Tomemos as rédeas da história ... com lápis de carvão
Se nascer em nós erro grosseiro ou contradição...
Voltemos a escrever ... a usurpar o papel ao escrivão
Para corrigir o erro da cobardia, consumada maldição!!!


Chamas do Fénix


http://aschamasdofenix.blogspot.com/

Poema de Paulo Gaminha, um novo amigo escritor já com o seu primeiro livro editado, "O domador de palavras".
Porque o acho fantástico como ser humano e escritor deixo aqui a sugestão de visita ao seu blog. Tenho certeza que gostarão tanto como eu.

Ana Casanova

domingo, 17 de janeiro de 2010

Em nome do amor

Mais uma vez e porque posso ser tudo menos acomodada, senti necessidade de falar das relações e do amor, ou do que se faz em nome dele. Senti necessidade do desabafo por situações que não entendo de pessoas que considero inteligentes, fortes e que pensava com vontade própria.
Como escrevi em tempos e aqui volto a transcrever, amar não é aprisionar, não é possuir, não é sufocar pois ao fazê-lo estamos a destruir o outro em nome de um sentimento tão sublime que se chama AMOR!
É preciso que se entenda que perdemos toda a magia quando tentamos fazer do outro reflexo de nós próprios e das nossas expectativas.
Como muitos sabem e nunca o escondi, estou de novo a dar uma segunda chance à minha segunda relação. Não somos perfeitos, erramos e acertamos mas se decidimos voltar não é para ser tudo igual, é para fazer tudo diferente. Se resulta ou não é uma incógnita como tudo nesta vida mas não é por isso que vamos ter medo de viver.
Senti esta necessidade porque acho que o problema de muita gente, não o meu caso, porque eu sempre fui livre e cada vez mais sinto falta do meu espaço, porque soube o que era estar sózinha, é viver com medos de tudo e com total insegurança. Eu se tivesse que colocar uma trela no marido com medo disto e daquilo não o queria!
Óbviamente não vou falar de nenhum caso particular até porque conheço tantos...
As mulheres têem amigos mas os maridos não sabem e vice-versa. Falar, rir, brincar não é permitido mas claro que tudo acontece na mesma! Mas o que as pessoas preferem? Viver na ignorância? E porque culpabilizam os maridos se depois conheço o reverso e as mulheres fazem o mesmo? Acho que aqui algo está muito mal. As pessoas anulam-se, deixam de ser quem são, vivem apavoradas e sem qualquer tipo de motivo. Será que não entendem que quando não funciona de qualquer jeito, não é com "restrições" que vai resultar? Eu não consigo funcionar assim. Daí resultam as tais expressões quando as pessoas se casam, do "vais-te enforcar", quando uma união por amor é única. Acho que era bem melhor se tirassem as teias de aranha da cabeça e vivessem as relações como tudo na vida, o dia a dia com amor, prazer, companheirismo.
Se é para ser uma sombra, um fantoche, então o melhor é acabarem de vez com esse sofrimento!

Ana Casanova

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Tanta emoção




Meu Deus que saudade
é tanta emoção, sentimento
e sempre em crescendo...
Que bem e que mal me faz
porque me provoca dor este amor,
mas vou esperar, sonhar e acreditar
vou deixar brotar, crescer, florescer
lutar contra qualquer temporal
porque um dia, eu sei...
Porque sinto, porque insisto
porque apesar de tudo persisto
vou finalmente colher!


Ana Casanova

Um poema que escrevi há quase um ano e ao reler me apeteceu voltar a publicar.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

De volta!


Apesar de não estar em grandes condições, não podia deixar de vir dizer-vos que estou de volta.
Como vos disse, dei realmente entrada no hospital no domingo à tarde e fui operada na segunda-feira. Para além das manifestações de carinho que recebi aqui no blog, vários amigos mandaram mensagem para o meu telemóvel, para o mail e fui inundada de mimos que me souberam muito bem. O meu pequerruchinho antes de eu ir, meteu-me no braço uma pulseira de borracha cor de laranja que o tio tinha comprado para ajuda da Fundação Gil, deu-lhe um beijinho e disse que era para ir comigo. Só a tirei na hora de ir para o bloco operatório. A minha mãe deu-me umas orações para rezar e levei comigo porque nunca me abandona, uma Nª Srª de Fátima que a minha avó materna que já partiu me ofereceu.
Apesar de alguns pequenos percalços porque o sistema de saúde está cada vez pior, fomos apesar dos nervos e das dores, rindo umas com as outras e ajudando as que já tinham sido operadas o que fizeram comigo depois, também.
Nem vinte e quatro horas passadas e já estava em casa. Agora estarei quinze dias a liquidos de duas em duas horas e um mês a dieta pastosa e espero que este assunto esteja resolvido.
Um muito obrigado e um beijinho muito carinhoso a todos, porque podem ter certeza que sentir tanta gente comigo me deu uma força enorme!

Ana Casanova

sábado, 9 de janeiro de 2010

Finalmente


Hoje foi dia de decisões quanto à minha operação. Como o meu problema de anemia se prende com perdas de sangue e se encontra em Portugal um grande especialista japonês que faz embolizações ( em explicação grosseira, porque não sei explicar de outra forma, é metida pela virilha uma sonda que vai bloquear artérias que irrigam o útero, o que evita perdas grandes de sangue), estavam os médicos a pensar se primeiro faria essa operação ou se operaria o estomago. Esta operação devia ter sido feita em Agosto e não foi, por causa da anemia que teve que ser tratada com várias doses de ferro endovenoso.
Neste momento os valores estabilizaram num valor minimo de 11.6 que consideram aceitável para operar e decidimos em conjunto que estava na hora.
O meu médico, lá arranjou uma vaga na segunda-feira à tarde e dou entrada no hospital, no domingo às 14 horas.
Sinto um misto de sensações boas e más porque confesso, a sala de operações, e a sensação do apagar da anestesia me deixa ansiosa. No entanto e ao mesmo tempo, eu quero muito resolver estes assuntos que se prendem com a minha saúde para me sentir de novo "Eu" e centrar-me na luta principal da minha vida.
Hoje foi festa de Reis na escola do Gonçalo e houve uma pequena apresentação de Futsal e o meu jogador marcou um golo. Que orgulhosa que esta mãe fica!
Comemos brigadeiro, rimos, tirámos fotografias, encontrei um grande amigo que chegou da Jordania e tem uma sobrinha coleguinha do Gonçalo e fez-me bem aquele momento tão bom de convivio entre pais e filhos. Acreditem que a "macacada era geral" e por vezes não se distinguiam as idades e isso é tão bom!
Para marcar este dia, tirámos esta foto com as coroas que fizeram.
Vim cansada mas feliz e vou aproveitar o tempo que me sobra até ir, para deixar tudo resolvido porque aqui a "corujona" é mesmo assim.
Vou aproveitar bem o dia para mimar muito os meus filhotes e desejo para mim, porque também mereço, que este seja o ano da mudança que tanto preciso.
Um beijo e...

ATÉ JÁ!


Ana Casanova

sábado, 2 de janeiro de 2010

Amor





Muito amor
é muito amor que eu preciso
Tudo o resto eu perdi
mas sem ti eu não consigo
porque o amor dá-me vida
força, alimento, calor
inunda todo o meu ser
Tudo o resto eu perdi...
Mas se tu Amor não me faltares,
eu juro que vou resistir!

Ana Casanova