Quando te disse
que era da terra selvagem
do vento azul
e das praias morenas...
do arco irís das mil cores
do sol com fruta madura
e das madrugadas serenas...
das cubatas e musseques
das palmeiras com dendém
das picadas com poeira
da mandioca e fuba também
das mangas e fruta pinha
do vermelho do café
dos maboques e tamarindos
dos cocos, do ai ué...
das praças no chão estendidas
com missangas de mil cores
os panos do congo e os kimonos
os aromas, os odores...
dos chinelos no chão quente
do andar descontraido
da cerveja ao fim da tarde
com o sol adormecido...
dos merengues e do batuque
dos muquixes e dos mupungos
dos imbondeiros e das gajajas
das macanhas e dos maiungos
da cana doce e do mamão
da papaia e do cajú...
tu sorriste e sussurraste
"Sou da mesma terra que tu!"
O Renato Santos convidou-me a entrar no site "Noticias de angola" e quando vi este poema apaixonei-me!
Ele disse que o publicasse com autor desconhecido.
Dedico-o a todos mas muito especialmente, aos que nasceram ou viveram naquela terra de cores, aromas e sabores, que nunca esqueceremos.
"
Graças à Régi, hoje sei que o poema faz parte do segundo livro de poemas de Ana Paula Lavado, ""Um beijo...sem nome".Parabéns Ana!