quinta-feira, 31 de julho de 2008

De há uns tempos para cá e reflectindo em tudo o que tem acontecido na minha vida, em todas as transformações que se operaram ao longo dos anos, comecei a deixar de desejar que as mesmas não tivessem ocorrido.
Passei muitos anos a lamentar tudo o que ficou para trás, a pensar em tudo o que puderia ter sido ou conseguido se a vida tivesse seguido aquela linha recta que vinha do meu tempo de menina.
Ao mesmo tempo que me penalizava constantemente com esses factos, fui tomando consciência que isso contribuiu em muito para o meu amadurecimento, que fui crescendo e conhecendo realidades que para mim não existiam sequer.Vivia num mundo muito meu, numa redoma de vidro muito fina e quebrável.
Hoje sinto, neste preciso momento, que estou preparada para outros voos e para livremente realizar tudo aquilo que mais desejo!
"
Ana Casanova

sábado, 26 de julho de 2008

Amor

Se o amor me amasse
Se ele me chamasse
Se o amor me quisesse
Bastava um gesto ou,
apenas um sinal
um raio de sol,
uma brisa serena,
porque eu o espero,
porque eu o quero,
porque tanto o anseio.
"
E ia ser bom e ia ser belo
maravilhoso,tudo como
na primeira vez.
Porque para mim,
o amor é tudo,
o amor é vida
é puro fascínio.
E eu,
eu preciso dele para conseguir viver!
"
Ana Casanova

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O que vão ler foi escrito no hospital.
Neste momento estou sentada no cadeirão ao lado da minha cama e só sei o que são dores.Há 3 dias que não posso comer ou beber apenas um golo de água.
Como vos tinha dito, voltei para casa mas comecei com febres e voltei a ser internada.Estou a fazer um tratamento à base de soroterapia, antibioterapia e antipiréticos.
Ao retirarem a banda gástrica que se encontrava em mau estado e colada no meu estomâgo, este ficou muito ferido e com um pequeno furo, havendo gases em volta do meu estomago que provocam as tais dores, além da inflamação.
O medo invadiu-me e como em todas as alturas da minha vida penso mais do que nunca nos meus queridos filhos.Não porque sejam os unicos amores da minha vida, porque graças a Deus tenho muitas pessoas que amo e que me amam também, mas como qualquer mãe pensante ou não, pretendo cuidar das minhas crias até estas terem autonomia própria para caminharem pelos seus próprios pés.Claro que quero estar aqui para festejar todas as suas vitórias e apoiá-los em tudo o que me fôr possivel!
Apesar de me sentir muito debilitada tive o apoio constante de alguns amigos porque como sabem tão bem como eu, é nestes momentos que os reconhecemos.Quem está presente, quem se preocupa, quem torce por nós...
Não obstante, sei também que existem aqueles que me querem igualmente e só não estão presentes porque não têem como o fazer ou nem sequer sabiam desta situação.
Espero que esta história tenha um final feliz e peço desculpa por vos incomodar mais uma vez com um pedaço menos bom da minha vida, por o tema ser mais uma vez "a doença".
Mas como já vos referi este meu cantinho é mesmo isso, o local onde me revelo sob as mais diversas formas, sem qualquer tipo de constrangimento.
É o meu espaço!Um espaço que decidi partilhar.
A vida de uma mulher igual a tantas outras, que ama, sofre e luta!
"
Ana Casanova

sexta-feira, 18 de julho de 2008

De um amigo - Eduardo

Vim numa onda
cedinho
correndo até a ti chegar
levantei-me
elevei-me a todas as outras
quando te vi
minha voz se elevou
manto azul
em cabeleira branca
procurando o dourado
correndo
até me espraiar em ti
um cair em ti, um abraço
deslizando por ti
deixando-te molhada de mim
Hoje pedi a uma onda que te desse os bons dias...
"
Mais um poema lindo que um amigo me dedicou.Fico sensibilizada com estes gestos de ternura.
Já voltei para casa mas estou débil e cheia de febre mas estou aqui de novo.
A fotografia só podia ser da minha Luanda como todas as outras fotografias que sejam de cidade ou natureza ,como disse que o faria quando criei este meu espaço, que com vocês partilho.
Um beijo meus amores e espero conseguir a partir de amanhã, voltar aos vossos blogs.
Ana C.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Até já!


Meus queridos,
venho apenas dizer-vos que não não consegui evitar a operação.Hoje dou entrada no hospital para ser operada ao estomago e colocar o porte da banda gástrica que me tinha sido retirado, sendo operada amanhã, quarta-feira.
Apesar do mundo frio em que nos encontramos, ao falar com o Administrador da empresa para a qual trabalho à apenas 3 dias e lhe ter exposto a minha situação, fui agradávelmente surpreendida.Ainda existem pessoas humanas e que se preocupam não nos considerando apenas objectos que se manuseiam, se usam e se descartam como dá mais jeito.Ele disse-me que estivesse descansada porque iria fazer um esforço para aguentar o meu lugar até eu estar preparada para voltar.Vou mais tranquila por esse facto.Claro que me sinto nervosa e muito mesmo, que tenho medo, porque tenho uma anemia enorme e o meu sistema imunitário está debilitado.
Nestes momentos penso muito nos meus filhos e na falta que lhes faço e por isso mesmo tenho que ter forças e lutar para que tudo passe bem rápido e eu possa voltar.
A vocês meus amigos, eu digo apenas um até já! Era incapaz de desaparecer sem vos dizer nada.
Um beijo cheio de carinho desta amiga que já não passa sem vocês!
"
Ana C.

domingo, 13 de julho de 2008

Todos temos uma história e tu entraste na minha e tornaste-te no actor principal.
Tudo o que sou, tudo o que sinto, tudo o que fiz e sonhei, só teve um propósito porque tu existias.
Se assim não fosse...para quê o guião?
Mudei, fiz loucuras, ousadias, quebrei as regras reenventei cenas e tentei ser a "tua" heroína mas não consegui.Nem todas temos essa capacidade de chegar ao estrelato e ver as luzes da ribalta!
A verdade surgiu como um punhal, sem eu a esperar e deste a estocada final...
Aliás, este filme, do qual também fui a realizadora, estava desde o principio destinado a ser um fiasco total!

"

Ana C.


sexta-feira, 11 de julho de 2008

O culto do corpo

Hoje vivemos num mundo em que a perfeição nos é exigida.
A chamada época do "culto do corpo".
Uma luta desleal porque nem todas correspondemos aos ditos parametros que nos invadem todos os dias através da publicidade.Quem não é alto, esbelto, elegante, parece não ter lugar.
Esta comparação deixa-nos angustiada e até nos faz ficar com alguns complexos.Claro que falo por mim mas penso que muitas mulheres pensarão como eu.
Costumo dizer sobre mim própria e em jeito de brincadeira, que devia ter nascido na época Renascentista já que as mulheres nessa altura, eram apreciadas com formas generosas. Rosquinhas, covinhas e celulite nã faltavam mas eram apreciadas!
Revejo-me fisicamente nas mulhers daquela época quando olho para determinados quadros.
Ao romantismo e à valorização das emoções. sobrepôs-se o culto da imagem e banalização do sexo.Queremos ser lindas e perfeitas e acabamos por não gozar os momentos muitas vezes, de uma forma plena.
O sexo para mim é a extensão do que sinto e como tal tenho que que me sentir em total sintonia com o parceiro e que ele me quer, tal qual sou, porque me olha para alêm do corpo, pra alêm de uma pele que já não tem a mesma juventude de outrora por motivos óbvios.
Aproveito para revelar um truque que acho que muitas de nós usamos com mais ou menos mestria: a sensualidade!
Por isso eu lembro: mulheres, usem os vossos trunfos e homens...olhem um pouco mais além que concerteza se vão surpreender!
"
Ana C.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Meus queridos,
venho partilhar convosco uma notícia que me deixou muito feliz, ao fim de um ano interminável de luta e desespero.
Finalmente consegui um emprego e começo amanhã mesmo.
Estou nervosa, ansiosa mas finalmente vejo uma luz.
Vou ter que adiar a operação que ia fazer já no final deste mês mas valores mais altos se levantam.Sei que a saúde deveria ser prioritária mas tenho 41 anos e o tempo vai passando e esta oportunidade eu não posso nem vou deixar passar.
A minha vida tem que mudar, é mesmo imperativo e o problema do meu filho mais novo, hiperactivo com défice de atenção está acima de tudo para mim. A ele é que não pode faltar nada.
Estou a partilhar convosco uma parte muito intima da minha vida porque sei que este meu cantinho é partilhado por amigos, porque é assim que os considero.
Senti necessidade de explicar que apesar de não pretender terminar esta partilha que tanta força me tem dado, aqui com vocês diáriamente, me sentirei muitas vezes exausta e sem forças porque não me encontro bem e pra chegar a casa terei de apanhar 3 transportes.Cá me aguardam depois as minhas tarefas de mulher-mãe.
Uma coisa é certa! A vontade tal como a fé também move montanhas e assim como tentarei não faltar, sei que compreenderão e ficarão felizes por mim.
Um beijo enorme a todos cheio de carinho!
"
Ana C.

domingo, 6 de julho de 2008

Expectativas


Por vezes ou muitas vezes sinto-me incompreendida e não sei como lidar com pessoas e situações.Para mim o carinho, atenção, respeito significam muito e muitas vezes sou magoada porque sinto que não me correspondem da mesma forma.
Sei que crio demasiadas expectativas nas relações, quer sejam de amor ou de amizade e depois decepciono-me muito.
Dizem-me que dou demasiada importância a pormenores, a pequenos detalhes e até concordo que sim mas é a minha forma de ser e sentir e sei que ajo de forma certa e sou correcta nas minhas acções.
Estou sempre pronta e disponível para responder aos apelos, para escutar, ajudar, partilhar e se por algum motivo não puder "estar lá", eu justifico sempre a não comparência e arranjo sempre forma de compensar.
Ao contrário, felizmente não sempre nem com toda a gente, mas muitas vezes e de quem menos esperava, deixam-me simplesmente "pendurada", falham a compromissos, dão o dito por não dito, trocam de ideias como quem troca de camisa.
Com a minha maneira franca e aberta porque não sou de guardar nada para amanhã, quando mostro que isso não é correcto, que estou decepcionada, dizem-me que não têem que avisar ou dar explicações, que "são livres", que não fizeram mal algum..
Realmente mal talvez não tenham feito mas a atenção e consideração é bonita e recomendasse.
Demasiado complicada?Eu costumo chamar a isso sensibilidade, respeito, consideração, amor, atenção.
Por vezes sinto-me triste porque desfazada, num mundo cada vez mais frio e egocêntrico!
"
Ana C.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Porque sim!



Quero-te porque sim!
quero-te sempre ao pé de mim
Se de longe se de perto
com a tua alegria e afecto
eu supero a distância
com a tua calma e eloquência
tenho aprendido a diferença
espero eu ser capaz
de pertencer ao teu mundo
sem nunca te acorrentar
sem ferir teus ideais
sem te sufocar
Só te quero ao pé de mim
Apenas...porque sim!
"
Ana Casanova