segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Humana


Por vezes sinto medo.
Medo que a vida me esqueça
ou que me esqueça da vida
de tanto nela pensar.
É tanto grito calado
com um nó na garganta
nesta luta que travo desafiando
tudo, questionando demais...
Afinal sou Humana!

Ana Casanova

21 comentários:

FERNANDINHA & POEMAS disse...

QUERIDA ANA, BELO PENSAMENTO ... GOSTEI AMIGA... ABRAÇOS DE CARINHO E TERNURA,
FERNANDINHA

angela disse...

Grite Ana. Reclame. A vida não é justa mesmo e tem momentos que é isso o que nos resta fazer, gritar pra não sufocar.
Depois os caminhos vão se abrindo e as coisas ficarão melhores.
beijos

Afrodite disse...

Ana,
li teu post passado e vim te dizer que estás entre as minhas ortações diárias!
tenho fé que tudo há de se resolver pra ti o quanto antes!
Sobre o medo,o que te dizer?
Que ele é o que nos mantém vivos?É!
Não se abata,és uma mulher de garra e com muita luz!
Beijos amiga e força!
Afrodite

nuno medon disse...

olá! Irá correr tudo bem contigo! A operação, ainda pode demorar, como explicaste no post anterior, mas lá chegará o dia, da operação, tão desejada por ti. O importante é que desçam os valores da anemia, pelo que entendi... beijos e muita força!!! E o teu filho mais pequeno, irá saber ler, mais cedo ou mais tarde. um abraço! lindas fotos :)

Mylla Galvão disse...

Ah, a vida não justa prá ninguém... E Deus não escreve por linhas tortas... Ele escreve certo, nós é que entortamos as linhas...

Passa no Ideias e veja a minha nova Blogagem Coletiva...
Vc vai gostar!!!
bjão

netuno artes disse...

A vida não te esquece, esta no teu olhar, na tua alegria de viver, no sorriso, enfim respire fundo e sinta a vida entrar nos teus pulmões e te revitalizar.
Não estás só, pense nisso,
um grande bj,
bjs netunianos

_E se eu fosse puta...Tu lias?_ disse...

Sarava!


Que coragem... expores-te assim!


beijocas

Ana Casanova disse...

_E se eu fosse puta...Tu lias?

Eu chamo de transparência, verdade, não sei se coragem. Acho que muita gente se identifica como ser humano com muitos dos meus problemas e esta partilha penso que faz bem a todos.
Beijinhos e tudo de bom.

Elcio Tuiribepi disse...

Oi Ana, é transparência sim...isso é bacana, ser verdadeiro nos sentimentos que nos mostram mais humanos é que é na verdade ser forte. É encarar olho no olho a gente mesmo diante os desafios que a vida nos impõe...medo pode parecer coisa de fraco para quem não entende da vida, mas é dele que tiramos a coragem para ir em frente, é do medo que nasce a coragem para que espantemos o próprio medo...quer coisa mais humana do que isso? Continue humana, gente como todas as gentes, afinal...somos todos humanos com nossas fraquezas e carências...um abraço na alma...bjo

RENATA CORDEIRO disse...

Olá, Ana:
Como vc disse "Humana". Tenho muitos medos, muitas dúvidas, muitos questionamentos, mas também muitas certezas, como vc também deve ter, justamente porque é humana. Quem não se questiona, age como um autômato, segue a corrente. O medo sempre nos toma quando estamos frágeis à espera de que algo aconteça, o que gera ansiedade. Vou contar-lhe uma experiência que tive com cirurgia.A primeira vez que tive câncer foi uma coisa horrível, para mim era inconcebível, eu me descabelei, sobretudo devido à minha profissão, aquilo não poderia acontecer comigo. Foi nos dois braços, câncer de pele, o pior, meloma. A cirurgia foi marcada, não tive medo, nem tampouco ansiedade, porque sabia que tinha de me livrar "daquilo". O médico que me iria operar não sabia o que fazer. Fez esboços, desenhos, maquetes. Enfim, redesenhou ambos os braços, desenhos distintos, um parecia um aeroplano, outro um belo pedaço de picanha. Cheguei às 5 horas da manhã numa clínica aparentemente muito organizada. Desenbolsei R$ 12.000, fruto do meu suor. "Vamos preparar a paciente. Peguem a maca". Subi na mesa sozinha, para que maca, se o meu problema era nos braços? Toda despida, com um avental posto de trás para frente, uma ridícula toca nos cabelo, num dia em que fazia frio, o cirugião pôs as mãos nas minhas faces. E eu lhe disse: "Ai, que mãos geladas!", ao que ele replicou: "Só de encostar em vc, vc fica assim..." E teve o "trac". Perguntei: "Cadê o anestesista?". "Não é preciso, a enfermeira vai aplicar-lhe um analgésico intravenoso". Daí pegou, e fiz um discurso. "Escutem aqui, eu paguei R$ 12.000 para ter tratamento VIP, inclusive anestesista e médico seguro e não um cagão!" Embolou tudo. A enfermeira acabou com os meus pés, porque tremia tanto que era incapaz de pegar uma veia. Falei-lhe: "Vou dizer-lhe uma coisa definitiva: pare com isso agora, ou denuncio todos vcs." 15:30, e eu na mesa. Então ouvi a voz do meu pai. Peguei outro avental, fiz um arranjo para não parecer indecente e desci. Enquanto descia, ouvi as lamúrias do médico, que dizia ao meu pai que não me queria operar, mas que, infelizmente, a clínica não era só dele e que devolver o dinheiro era impossível. Desci e me sentei diante dele e o encarei até ele ficar constrangido e desviar os olhos. Às 4:15, chegou um anestesista. Pegou rapidinho uma veia de uma das minhas mãos, disse que a minha pele era tão branca e que era facílimo. Ondas de sono foram vindo, vindo e adormeci. Quando o cirurgião terminava o primeiro braço, despertei. Havia uma cortina divisória e um espelho e vi milhões de cicatrizes. Indescritível. Já me iam aplicar anestesia de novo para o segundo braço, eu disse que não era preciso, e não senti nenhuma dor. A cirurgia terminou às 22: 30, ou seja, 6 horas. Não preciso nem lhe dizer que sai da cama sozinha e completamente nua. Nova surpresa, tive hemorragia. Tive de pagar a enfermeira, a cozinheira, o pernoite e o café da manhã. Tenho as cicatrizes até hoje, innclusive nas costas. São bem finas e da cor da pele, só quem olha de perto vê.
Resumo da ópera: não vale a pena ter medo do medo, nem tampouco ansiedade, porque nada controlamos, o acaso pode intervir a qualquer momento. No entanto, vc é uma pessoa boa, e Deus agracia quem assim é.
Ana, vc nunca será esquecida, fará parte da história de todos os que fazem parte do seu mundo. Só que não chegou a hora. Pense nisso.
Tenho tido dias difíceis e nem lhe pude avisar que fiz uma postagem dedicada às amigas e o seu nome anagramático está lá escrito com todas as letras. Quando der para ir, vá.
Beijos, muita força e coragem,
Renata
PS: Vale insistir em dizer que continuo aqui do lado

Vivian disse...

...Ana querida,
existe um Deus que nos sonda
e sabe TUDO do nosso coração.

portanto, contigo não seria
diferente, e você sairá vencedora
desta batalha que eu denomino
de lapidar do espírito.

um bem haja, querida linda!

FOTOS-SUSY disse...

OLA ANA, LINDO PENSAMENTO, OBRIGADO PELA VISITA AO MEU BLOG...
QUE TENHAS UMA BOA NOITE!!!
BEIJOS DE CARINHO,


SUSY

:.tossan® disse...

Eu tenho certeza que já comentei este post. Beijo

RETIRO do ÉDEN disse...

Passo para lhe dar um forte abraço com ternura.

A vida está aí... vamos juntos nessa luta.

Bjs.
Mer

PR Iuris disse...

E ser humano é o maior de todos os desafios.
Força.
Belo texto, abraços.

CFC disse...

Passei um tempo enorme por aqui, lendo, admirando e ouvindo...

Saudações fraternas - e por favor sinta-se abraçada...

Tentativas Poemáticas disse...

Querida amiga Ana

És Humana, sim! Porém, nem todos os humanos têm a tua sensibilidade, a tua força, a tua dedicação aos outros humanos.
Vai dar tudo certo contigo. Tu mereces, querida amiguinha.

Beijinhos
António

RENATA CORDEIRO disse...

Boa tarde, Ana!
É Primavera, vamos cantar, brincar? Você melhorou? Sente-se bem? Hoje, estou de cama, não posso fazer nada. Pedi um dia para mim aqui em casa, porque se continuo assim, eu me vou e não posso cuidar mais de ninguém. As postagens dos meus Blogs foram feitas ontem, exceto a que acabei de fazer no EU E DAÍ?, para a qual a convido, é sobre todas as palhacinhas que, nós, mulheres-meninas, guardamos em nosso interior. Estou à sua espera. Não vou poder fazer as horas da casa, pois tenho que dormir. O post também é para os meninos, mas a foto que a encima é a de uma menininha.
Beijos querida,
Renata

Unknown disse...

É..ser humano é stressante...
Mas o legal é que estamos vivo.
Abraços

Maria Emília disse...

Cara amiga, não a conheço e creio que é a primeira vez que visito o seu blog. Como sei que é amiga da Isabel vim com o propósito de lhe dizer que lancei uma corrente de energia e oração. Se quiser participar será mais uma elo muito importante nessa cadeia.
Um beijinho,
Maria Emília

Táxi Pluvioso disse...

É bom saber que ainda existem humanos numa altura em que só se fala de zombies.