quarta-feira, 22 de julho de 2009

Luanda meu amor

O que sonhámos foi belo
porque foi puro, sentido
mas a vida é bem mais dura.
Foram horas, dias, meses
de planos e encantamento
mas tudo ruiu um dia.
Só um sonho ainda persigo,
um sonho já mais antigo
mas que sonhámos também os dois.
Voltar à minha LUANDA
da qual não suporto a ausência,
não esqueço cheiro, cor
o jeito da minha gente.
Neste amor há poesia
sem previsões de tempo.
Perdida em tão longa ausência
vou suportando a demora
de um sonho que mora em mim!



Ana Casanova

14 comentários:

Giane disse...

Ana;

Sonhos que moram dentro da gente nunca têm fim...

Beijos mil!!!

:.tossan® disse...

Ana, que bonito isso! Poesia da saudade da terra, nada é mais verdadeiro e encantador. Beijo

Elcio Tuiribepi disse...

Sonhar é de certa forma preparar-se para um dia poder realizar.
Quando você fala sobre o cheiro, a cor e o jeito de sua gente, você fala sobre se não me engano sobre a simplicidade, sobre as coisas da terra, sobre as coisas do humano...por isso essa saudade, esse encantamento...Um abraço na alma

netuno artes disse...

Nossa terra é nossa essência,
temos de ser reais com nós mesmos, e buscar nossos sonhos são nossa realidade,
é o que nos faz vibrar de alegria, nossos sonhos nos mantém vivos.
Pode-se amarrar, amordaçar, mas se acabam os sonhos , morre-se.
viva feliz sempre buscando o que lhe mantém viva e vibrante:

" TEUS SONHOS "
bjs netunianos

Anónimo disse...

Ana:PARABÉNS! p/ inteligência das postagens. Vá sempre em frente.Abrçs, Roy Lacerda.

Éverton Vidal Azevedo disse...

É lindo a forma como você fala de Luanda.

Humana disse...

Éverton, eu vim de Luanda com 13 anos.
Era novinha sem dúvida mas vivi o antes e após independência, os bons e os maus momentos e para mim nunca tinha vindo.É a minha terra!Sempre pensei que para passar fosse o que fosse, porque na altura em que viemos até brancos de segunda fomos chamados, teria que ser lá! A terra para onde foram os meus bisavós com os meus avós ainda crianças, onde nasceram os meus pais e nós também.
Angola está em reconstrução, ainda existe muito por fazer mas acredita que quem vai aquela terra, quer lá ficar.
Os tais "retornados" como aqui falam, que nós não somos, porque não retornámos, nascemos lá e viemos após a independência, os portugueses que foram para lá e retornaram a Portugal, amam aquela terra tanto como nós que lá nascemos.
As mentalidades das pessoas, a disponibilidade, a vontade de dar a mão ao próximo, de abrir as portas da casa e confraternizar com amigos como se fossem familia, tudo isso são coisas que não esqueço.Aqui nem se conhece praticamente o vizinho do lado que range entre dentes um "bom dia" mal-disposto.
Espero que entendam que não estou a falar mal da terra que me acolheu e da qual também faço parte mas sim a ressalvar as diferenças que senti e ainda sinto por vezes apesar de difusas agora.
O povo que vivia em Portugal era reprimido e passava determinadas dificuldades e hoje eu entendo isso mas na altura foi muito duro tudo o que passámos quando aqui chegámos.
Beijinhos para ti e Gian, Tossan, Élcio, Netuno E Roy que ainda não tenho o prazer de conhecer mas vou já fazer por isso. :D

RETIRO do ÉDEN disse...

Amiga,

Lindo poema aos Céus...um dia irás concretizar esse teu desejo...mas se fizeres um exercício de pensamento...também abraçarás esse amor...como se lá estivesses...é tudo uma questão de imaginação e comunhão.
Abraço, bom fds.
Mer

Rafaela Abreu disse...

Quantos sonhos lindos dentro dos eu's por aí...
Que o tempo e vida possam te presentear!

Abraço.

Éverton Vidal Azevedo disse...

Oi Ana!

Nao quis passar esta idéia de que aqueles que "se revelam" nao sao fiáveis. Pelo contrário, é um ato de coragem que pode provar justo o contrario, que se trata de uma pessoa em quem podemos confiar.

Na verdade quis passar o outro lado da questao, o de 'com quem nos abrimos'. Porque muitos daqueles que acreditamos ser nossos amigos, nao sao, e ser transparente é bom, mas pegando carona no que você disse, podemos perder muito nesta vida quando nos abrimos com a pessao errada.

Muito obrigado pelos seus comentário sempre mostrando outro ponto de vista.

Bj. Inté!

Éverton Vidal Azevedo disse...

E sobre seu comentário acima, sobre sua relaçao com Luanda. Isso é ótimo. Porque mergulhando nos "porquês", isto é, no contexto da autora entendemos melhor o poema, entendemos de uma maneira mais lúcida e profunda.

Abraço.
Inté!

Anónimo disse...

ANA:A sensibilidade interior demonstrada nas postagens chamou-me a atençãoe p/ esta razão resolví seguila.Retornado ao s/blogp/lê-lo c/mais vagar, deparei-me c/ s/resposta ao Èverton e aí me ganhastes p/ inteiro. Comoadépto e estudiosoda Doutrina Espírita, sei q/ nada acontece p/acaso. Ès uma tremenda "GUERREIRA' e tenha a certeza que ganhastes um amigo. Fé em Deus, q forças n/ lhe faltarão.Abrçs e MUITA PAZ!(Roy Lacerda).

Anónimo disse...

Cara ANA: o-email constante do s blog está devolvendo as mensags. Fineza enviar algum p/:redacaombrasil@gmal.com Abrçs Roy Lacerda.

Adriano Caroso disse...

Pura poesia. Muito belo!