terça-feira, 9 de março de 2010

Desalentos


Outrora quando menina
fui princesa, bailarina
queria tocar piano
porque sempre me encantou.
Com um sorriso acordava
e da noite eu não gostava...
não para dormir
que achava perda de tempo!
Para mim era sempre dia
o sol tinha que brilhar
era ele que me aquecia.
Aquilo que eu já dizia
que o tempo da noite viria
acabou por suceder.
Não veio o céu estrelado
nem a luz do luar
vieram as noites frias
aquelas que eu mais temia
sem sequer as esperar.
Sei no entanto porque me conheço
que a menina ainda vive em mim
e da noite fria vou fazer dia
porque estes desalentos
são apenas momentos
que eu sei que irão passar!

Ana Casanova

8 comentários:

O Antagonista disse...

É interessante como conseguimos guardar em nós mesmos todos as nossas "faces" ao longo da vida. A criança, o adolescente, o jovem... nunca vão embora!

Ana Casanova disse...

Queridos amigos mais um poema que volto a republicar.
Dá-me prazer partilhar de novo com quem já leu e com os amigos novos, até porque quando gosto de algo, leio e releio vezes sem fim. Por esse motivo os meus livros são reliquias que gosto de desfolhar e voltar a ler. Acho que quem gosta de escrever e ler me entende perfeitamente não é?
Quando digo "meus livros" são todos os livros que tenho junto a mim, porque nunca escrevi nenhum.
Para os que conhecem o fotógrafo/poeta Tossan, fiquem sabendo que foi através deste texto que lhe vi o rosto. Foi uma promessa que me fez e cumpriu só para me animar! :D
Mais um querido amigo entre tantos que ganhei aqui no meu cantinho.
Um beijo enorme para todos.

:.tossan® disse...

Muito bacana a tua observação estou sorrindo e digitando neste momento. É verdade eu me revelei prà você, mas para os demais só metade e ainda continuo o palhaço de sempre. Eu lembro da época desta edição, gostei tanto desse poema dos tempos dourados que confesso me emocionou. Agora também. Beijo moça você é fantástica!

Elcio Tuiribepi disse...

Oi Ana...com crteza o sol vai brilhar...chuvas? elas vem , mas também se vão...
O importante é sabermos conviver com eles: os nossos momentos, cada um com sua carga de emoção que a vida sabiamente nos ´concede...
Melhor ainda é ver a referência ao amigo Tossan...
Que a amizade sempre prevaleça...
Acredito que a outra metade do rosto do amigo Tossan seja igual a outra parte...mas se ele se diz palhaço...que o rosto e alma dele sejam sempre alegria...
Portanto Ana...sorria...
O amanhã será sempre outro dia
Um abraço na alma...bjo

Anónimo disse...

Já tinha lido e volto a fazer o comentário que creio ter feito na altura.Há-de passar, poruqe um dia a roda da vida muda e onde caía chuva, passa a brilhar o sol

Anónimo disse...

Olá, desculpe invadir seu espaço assim sem avisar. Meu nome é Fabrício e cheguei até vc através do blog Amo Sim. Bom, tanta ousadia minha é para convidar vc pra seguir meu blog Narroterapia. Eu sei que é um abuso da minha parte te mandar essa propagando control c control v, mas sinceramente gostei do seu comentário e do comentário de outras pessoas no blog do Anderson Fabiano, ela inclusive é seguidor do meu blog, claro que ele faz isso mais por gentileza do que pela qualidade do meu texto, mas estou me aprimorando, e com os comentários sinceros posso me nortear melhor. Dei uma linda no seu texto, vou continuar passando por aqui...rs


Narroterapia:

Uma terapia pra quem gosta de escrever. Assim é a narroterapia. São narrativas de fatos e sentimentos. Palavras sem nome, tímidas, nunca saíram de dentro, sempre morreram na garganta. Palavras com almas de puta que pelo menos enrubescem como as prostitutas de Doistoéviski, certamente um alívio para o pensamento, o mais arisco dos animais.


Espero que vc aceite meu convite e siga meu blog, será um prazer ver seu rosto ali.


Abraços

http://narroterapia.blogspot.com/

Táxi Pluvioso disse...

O melhor da infância ainda são os gelados e os bolos, nunca mais sabem ao mesmo :-)) bom domingo

netuno artes disse...

Somos todos váriospessoas em uma só . . . esta postagem é para se meditar !
Um ótimo dia,
bjs netunianos